A terceira noite não foi fácil para quem estava do outro lado dos palcos. Se no espaço principal do festival o silêncio se fez longo (com noticias do cancelamento de concertos a chegar rapidamente aos media), também no palco secundário o arranque do concerto dos Fleet Foxes parecia coisa complicada. A banda, em palco, resolvia um problema com a ligação a um baixo (assim pareceu). Resolveu-se. E, nova entrada, desta vez com as palmas da praxe, para logo se lançarem numa actuação absolutamente comptente, que cruzou os alinhamentos dos seus discos, vibrando entre heranças rurais (com ares de montanha) da folk e a pulsão eléctrica que a cultura urbana mais tarde acrescentou. Ficou claro que os discos são, aqui, retrato discreto de uma realidade que brilha com viço em palco. E que pede, logo que possível, novas visitas para estes lados. De preferência num teatro que saiba acolher este som.