"É realmente desanimador ver posta em causa aquela que foi, na última década, a maior oportunidade da indústria cinematográfica."
Que oportunidade foi essa? O cinema a três dimensões.
E quem é que tem este desabafo? Algum crítico de cinema, desses que, no dizer de alguns agentes industriais, se estão na tintas para o facto de os filmes existirem no interior de um mercado? Não, nada disso. Quem é o diz é uma das figuras centrais, precisamente dessa indústria — e da indústria de Hollywood, entenda-se: Jeffrey Katzenberg, co-fundador (com Steven Spielberg e David Geffen) da DreamWorks e actual director da DreamWorks Animation.
Reavaliando aquilo que, há um ano e meio, suscitava um "genuíno entusiasmo", Katzenberg reconhece que, com o 3D, "desapontámos muitas vezes o nosso público e, por causa disso, creio que existe uma genuína desconfiança". Na prática, pela primeira vez nas salas dos EUA, um filme em 3D (Piratas das Caraíbas) foi mais visto... nas salas em 2D. Vale a pena ler as declarações de Katzenberg, respondendo a perguntas de The Hollywood Reporter.
>>> O 3D segundo Walter Murch e na história de Avatar.