* SHUTTER ISLAND, de Martin Scorsese
Na gíria tecnicista, o digital estaria a "ameaçar" os actores, podendo mesmo substituí-los. Ora, como demonstra Martin Scorsese, não se trata de escolher uma coisa ou outra, mas de trabalhar com ambas: num momento carregado de simbolismo, Michelle Williams esfuma-se nos braços de Leonardo DiCaprio, sem que isso nos leve a qualquer tipo de fixação no "efeito especial" — o que importa é o facto de tudo contribuir para intensificar a carga humana do instante. Afinal, o humano não é o contrário da técnica, mas o assombramento carnal da sua origem.
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