quarta-feira, agosto 04, 2010

Robert Boyle (1909 - 2010)

Foi um dos grandes cenógrafos, directores artísticos e designers da idade clássica de Hollywood — Robert Boyle (por vezes, assinava também Robert F. Boyle) faleceu no Cedars Sinai Hospital, de Los Angeles, contava 100 anos. A sua carreira é inseparável de alguns dos mais sofisticados conceitos visuais da obra de Alfred Hitchcock, tendo trabalhado com ele em cinco filmes, entre os quais o thriller político de 1959, Intriga Internacional (que lhe valeu uma das suas quatro nomeações para os Oscars, sem nunca ter vencido), e em 1963 a adaptação do conto de Daphne Du Maurier, Os Pássaros [imagem do genérico].
Desde os anos 40 até finais da década de 70, o seu nome ficou ligado a mais de uma centena de títulos, incluindo Sumatra, Terra de Paixões (1953), de Budd Boetticher, O Quimono Misterioso (1959), de Samuel Fuller, Barreira do Medo (1962), de J. Lee Thompson (o primeiro Cape Fear que seria refeito, em 1991, por Martin Scorsese) , A Sangue Frio (1967), de Richard Brooks, O Grande Mestre do Crime (1968) e Um Violino no Telhado (1971), ambos de Norman Jewinson, e O Atirador (1976), de Don Siegel (derradeiro filme de John Wayne). Em 2008 [foto], a Academia de Hollywood atribuíu-lhe um prémio honorário pela carreira.
As imagens que se seguem constituem uma exuberante ilustração do trabalho de Boyle: o tratamento cenográfico do Monte Rushmore, com Cary Grant e Eva Marie Saint, cena final de Intriga Internacional.


>>> Obituário no New York Times.