Que acontece se retirarmos a gravidade e mantivermos o quotidiano? Poderia ser para responder a tal pergunta que o francês Denis Darzacq (n. 1961) produziu a série de fotografias Hyper: uma espécie de "Alice" no interior de um supermercado, substituindo a vertigem da queda pela imponderabilidade um eternizado instante.
A hipótese da queda — arrastando toda uma carga de simbolismos vários, também ele suspensos (promessa de suspense) — está presente noutras séries de Darzacq, mesmo se o efeito dominante do seu trabalho parece ser o de criar efeitos de reconhecimento (por vezes, com temas directamente sociais, como os bairros de Nanterre ou Bobigny) que, por desconcertante paradoxo, abrem para o carácter indecifrável do real. Exemplo: a série Casqués, com cabeças transfiguradas por aparatosos capacetes. Hyper, o livro (Filigranes Éditions), nasce precisamente da junção da série homónima + Casqués.
A hipótese da queda — arrastando toda uma carga de simbolismos vários, também ele suspensos (promessa de suspense) — está presente noutras séries de Darzacq, mesmo se o efeito dominante do seu trabalho parece ser o de criar efeitos de reconhecimento (por vezes, com temas directamente sociais, como os bairros de Nanterre ou Bobigny) que, por desconcertante paradoxo, abrem para o carácter indecifrável do real. Exemplo: a série Casqués, com cabeças transfiguradas por aparatosos capacetes. Hyper, o livro (Filigranes Éditions), nasce precisamente da junção da série homónima + Casqués.
>>> Denis Darzacq na agência VU.