Comemoram-se os 50 anos de O Acossado, aliás À Bout de Souffle. Em boa verdade: comemora-se Breathless (título americano), estreado há meio século nos EUA. Dito de outro modo: o filme com que Jean-Luc Godard acabou por definir a fronteira fundadora da Nouvelle Vague é de 1959, mas chegou à América um ano mais tarde.
Daí que, na capa da edição de Maio/Junho, a revista Film Comment nos recorde o enlace de Jean Seberg e Jean-Paul Belmondo, titulando 'Breathless at Fifty'. É uma digressão apaixonada e apaixonante, assinada por Geoffrey O'Brien, evocando em particular o cerne existencial da questão. A saber: o modo como Breathless/À Bout de Souffle/O Acossado desafiava a própria postura do espectador face a um objecto chamado filme. A destacar também um retrato biográfico de Michael Douglas e um artigo sobre a nova versão de The Killer Inside Me, assinada por Michael Winterbottom. Curiosamente, outro nome grande vindo da mesma época da produção francesa, Alain Resnais, marca também presença na revista, com uma magnífica entrevista, conduzida por Amy Taubin, a propósito de As Ervas Daninhas. Diz Resnais, numa afirmação gloriosamente intemporal, isto é, que é moderna agora, como o seria há 50 anos: "Não sei o que quero, mas tento descobrir o que o argumento quer e o que o filme quer. Estou fora dessa decisão."
Daí que, na capa da edição de Maio/Junho, a revista Film Comment nos recorde o enlace de Jean Seberg e Jean-Paul Belmondo, titulando 'Breathless at Fifty'. É uma digressão apaixonada e apaixonante, assinada por Geoffrey O'Brien, evocando em particular o cerne existencial da questão. A saber: o modo como Breathless/À Bout de Souffle/O Acossado desafiava a própria postura do espectador face a um objecto chamado filme. A destacar também um retrato biográfico de Michael Douglas e um artigo sobre a nova versão de The Killer Inside Me, assinada por Michael Winterbottom. Curiosamente, outro nome grande vindo da mesma época da produção francesa, Alain Resnais, marca também presença na revista, com uma magnífica entrevista, conduzida por Amy Taubin, a propósito de As Ervas Daninhas. Diz Resnais, numa afirmação gloriosamente intemporal, isto é, que é moderna agora, como o seria há 50 anos: "Não sei o que quero, mas tento descobrir o que o argumento quer e o que o filme quer. Estou fora dessa decisão."