quinta-feira, junho 24, 2010

Afinal, quem olha as imagens?


Uma das exposições mais interessantes que Londres nos propõe este Verão coloca uma vez mais a Tate Modern no mapa de uma visita à vidade. Com o título Exposed: Voyeurism, Surveillance and the Camera é um olhar panorâmico sobre a história da fotografia entre meados do século XIX e o presente, com uma série de ângulos em particular procurando imagens nas quais o fotógrafo ora surge invisível (o que acontece desde que a câmara saíu do estúdio e chegou à rua) ou como expressão de um sistema de vigilância ou segurança.

A extensa mostra, patente até inícios de Outubro, está dividida em cinco secções: The Unseen Photographer, Celebrity and The Public Gaze, Voyeurism and Desire, Witnessing Violence e Surveillance. Por várias salas apresentam-se imagens que exploram os campos de fronteira da relação entre quem faz e quem vê as imagens (levando-nos a reflectir onde afinal está o voyeur?), lançando situações que invadem a fronteira do privado e do sentido de propriedade.

Foto: Audience in The Palace Theatre, de Weegee (ca. 1943)
Weegee / International Centre of Photograpy / Getty Images

Foto: Stranger No. 2, de Shizuka Yokomizo (1999)
San Francisco Museum Of Modern Art


Foto: Hairbrush, de Laurie Long (1998)
The Dating Surveillance Project
San Francisco Museum Of Modern Art


Exposed: Voyeurism, Surveillance and the Camera pode visitar-se na Tate Modern todos os dias, de domingo a quinta entre as 10.00 e as 18.00 e, às sextas e sábados, das 10.00 às 22.00.
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A exposição é acompanhada pela publicação de um catálogo de mais de 250 páginas (incluindo as imagens expostas), editado por Sandra S. Philips.