A propósito do apoteótico concerto dado por Yo-Yo Ma no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian (28 de Fevereiro), talvez seja importante não simplificarmos, começando por dizer que com ele esteve uma pianista admirável: Kathryn Stott. É uma elementar questão de justeza: admirar uma estrela hiper-talentosa (como Yo-Yo Ma) não é o mesmo que desenhar o deserto à sua volta.
A genial Sonata para Violoncelo e Piano, op. 40, de Dmitri Chostakovitch, terá sido o diamante de tão extraordinário concerto: um espaço de coabitação e diálogo de violoncelo e piano, consagrando a suprema arte da narrativa que distingue Yo-Yo Ma. De facto, a sua versatilidade não é um fim em si mesmo, antes um instrumento para aceder a cada obra como uma narrativa que se organiza em acontecimentos de prospecção e escuta, transfigurando a música em experiência eminentemente interior. Schubert, Piazzolla, Egberto Gismonti e César Franck surgiram também no programa, traçando uma linha de continuidade (e contrastes), unindo dois séculos de história.
A genial Sonata para Violoncelo e Piano, op. 40, de Dmitri Chostakovitch, terá sido o diamante de tão extraordinário concerto: um espaço de coabitação e diálogo de violoncelo e piano, consagrando a suprema arte da narrativa que distingue Yo-Yo Ma. De facto, a sua versatilidade não é um fim em si mesmo, antes um instrumento para aceder a cada obra como uma narrativa que se organiza em acontecimentos de prospecção e escuta, transfigurando a música em experiência eminentemente interior. Schubert, Piazzolla, Egberto Gismonti e César Franck surgiram também no programa, traçando uma linha de continuidade (e contrastes), unindo dois séculos de história.
>>> Yo-Yo Ma toca Beethoven na Rua Sésamo.