ZIDANE, UM RETRATO DO SÉC. XXI
Douglas Gordon e Philippe Parreno, 2006
Filmar o futebol? Sim. Mas filmar aquilo que, por norma (leia-se: televisivamente), é menosprezado. A saber: o espaço como labirinto, o jogo como colagem de momentos de espera com breves fogachos de acção, enfim, a rede nunca fechada de olhares. Douglas Gordon e Philippe Parreno são artistas plásticos, conhecedores das exigências próprias do espaço que se ocupa e se dá a ver. O seu filme tem algo de instalação, tanto mais paradoxal (leia-se: cinematográfica) quanto nasce de um dispositivo peculiar, decorrente do próprio desenvolvimento das câmaras digitais — e foram 17, seguindo obsessivamente Zidenide Zidane no jogo Real Madrid-Villareal, no Estádio Santiago Barnabéu (Madrid), a 23 de Abril de 2005. Com música dos Mogwai, o filme [trailer inglês] consagra um dos dramas mais exuberantes de muitas formas contemporâneas de arte: o de uma sedução abstracta enraizada numa minuciosa paixão pelo concreto.
Douglas Gordon e Philippe Parreno, 2006
Filmar o futebol? Sim. Mas filmar aquilo que, por norma (leia-se: televisivamente), é menosprezado. A saber: o espaço como labirinto, o jogo como colagem de momentos de espera com breves fogachos de acção, enfim, a rede nunca fechada de olhares. Douglas Gordon e Philippe Parreno são artistas plásticos, conhecedores das exigências próprias do espaço que se ocupa e se dá a ver. O seu filme tem algo de instalação, tanto mais paradoxal (leia-se: cinematográfica) quanto nasce de um dispositivo peculiar, decorrente do próprio desenvolvimento das câmaras digitais — e foram 17, seguindo obsessivamente Zidenide Zidane no jogo Real Madrid-Villareal, no Estádio Santiago Barnabéu (Madrid), a 23 de Abril de 2005. Com música dos Mogwai, o filme [trailer inglês] consagra um dos dramas mais exuberantes de muitas formas contemporâneas de arte: o de uma sedução abstracta enraizada numa minuciosa paixão pelo concreto.