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Formado por Anthony Marwood (violino), Susan Tomes (piano) e Richard Lester (violoncelo) [na foto, da esquerda para a direita], o trio propôs uma revisitação de uma época em que Haydn, em plena maturidade, e Beethoven, emergindo como novo e fulgurante valor, balizavam a energia artística da cidade de Viena. Como refere Rui Cabral Lopes nas notas do programa, se se pode condensar tal conjuntura na ideia de uma progressiva transferência do papel condutor do piano para o violino e o violoncelo, então estas são obras que nos ajudam a perceber uma dinâmica cujos efeitos ecoariam de forma decisiva na música do século XIX — graças à precisão e elegância do Trio Florestan, foi um concerto tão breve (pouco mais de uma hora) quanto cativante.