Scarlett Johansson nasceu em Nova Iorque, a 22 de Novembro de 1984 — o que quer dizer que festeja hoje o seu 25º aniversário. De acordo com as contas tradicionais do cinema e, de um modo geral, do mundo do entertainment, este seria um momento emblemático de avaliação de possibilidades: o capítulo zero para aceder à maturidade profissional.
Mas a tradição já não é o que era. E, num mundo que repele todos os sinais da passagem do tempo, a juventude tomou conta de todos os imaginários, acelerando não apenas a aritmética do sucesso, mas também as equações da competência profissional — Meryl Streep é apenas uma radiosa excepção.
Falamos, afinal, de uma actriz revelada aos 14 anos, em O Encantador de Cavalos (1988), de Robert Redford. Falamos de uma jovem, ainda teenager, que se transformou em símbolo de um amor contido e, hélas!, adulto: Lost in Translation (2003), de Sofia Coppola. Falamos de uma "musa" de filmes de Woody Allen, a começar por Match Point (2005), narrador por certo dado a muitas regressões psicológicas, afectivas e sexuais, mas não exactamente um autor "juvenil". Falamos, enfim, da mulher que canta com suave emoção [por exemplo, com Pete Yorn — Search Your Heart, em baixo] ou, num misto de desafio e ironia, imita a pose de Marilyn Monroe em anúncios de Dolce & Gabbana.
A imagem que aqui se reproduz — obtida no dia 23 do passado mês de Julho, em Los Angeles [foto Sara De Boer/Retna Ltd.] — escapa aos clichés correntes da "juventude-a-qualquer-preço", devolvendo à pose de Scarlett Johansson o impasse muito humano de um momento de hesitação. Afinal de contas, o glamour é uma faca de dois gumes. Aos 25 anos, com o seu talento, é altura de relembrarmos o assunto.
Mas a tradição já não é o que era. E, num mundo que repele todos os sinais da passagem do tempo, a juventude tomou conta de todos os imaginários, acelerando não apenas a aritmética do sucesso, mas também as equações da competência profissional — Meryl Streep é apenas uma radiosa excepção.
Falamos, afinal, de uma actriz revelada aos 14 anos, em O Encantador de Cavalos (1988), de Robert Redford. Falamos de uma jovem, ainda teenager, que se transformou em símbolo de um amor contido e, hélas!, adulto: Lost in Translation (2003), de Sofia Coppola. Falamos de uma "musa" de filmes de Woody Allen, a começar por Match Point (2005), narrador por certo dado a muitas regressões psicológicas, afectivas e sexuais, mas não exactamente um autor "juvenil". Falamos, enfim, da mulher que canta com suave emoção [por exemplo, com Pete Yorn — Search Your Heart, em baixo] ou, num misto de desafio e ironia, imita a pose de Marilyn Monroe em anúncios de Dolce & Gabbana.
A imagem que aqui se reproduz — obtida no dia 23 do passado mês de Julho, em Los Angeles [foto Sara De Boer/Retna Ltd.] — escapa aos clichés correntes da "juventude-a-qualquer-preço", devolvendo à pose de Scarlett Johansson o impasse muito humano de um momento de hesitação. Afinal de contas, o glamour é uma faca de dois gumes. Aos 25 anos, com o seu talento, é altura de relembrarmos o assunto.