
Neill Blomkamp, natural da África do Sul, realizador estreante (que contou com o apoio de produção de Peter Jackson) faz um filme que tem a virtude conhecer as suas referências cinéfilas (Alien, A Mosca, etc.) sem nunca banalizar o impacto da sua parábola política. É especialmente curioso o modo como Distrito 9 se apresenta como um simulacro de reportagem, evoluindo num tom de descoberta/revelação que confere ao tempo uma dimensão de estranha angústia. Como se prova, é possível convocar convenções de um determinado género escapando ao mero revivalismo mais ou menos decorativo.