O site Worth1000, fundado em 2002, tem como matéria principal a fotografia e tema de eleição o morphing de imagens. Recentemente, promoveu um concurso de 'Celebrity Cyborgs'. [1]
No novo corpo cibernético, todas as interioridades são feitas de circuitos fabricados, isto é, carecem de transcendência — talvez isso ajude a explicar o facto de as matrizes de muitas aventuras cibernéticas (a começar pela bem chamada Matrix) se organizarem como desesperadas viagens à procura da metafísica perdida.
Veja-se este cyber-Eminem. Que está ele a pensar? A pergunta esbate-se perante a geometria dos próprios circuitos que o fazem viver. A superfície do corpo deixou de ser a barreira que esconde uma interioridade de sangue e desejos, passando a existir como um painel de entradas e saídas — plug-in, plug-out, plug-in, plug-out... parece a intimação de um rap.
No novo corpo cibernético, todas as interioridades são feitas de circuitos fabricados, isto é, carecem de transcendência — talvez isso ajude a explicar o facto de as matrizes de muitas aventuras cibernéticas (a começar pela bem chamada Matrix) se organizarem como desesperadas viagens à procura da metafísica perdida.
Veja-se este cyber-Eminem. Que está ele a pensar? A pergunta esbate-se perante a geometria dos próprios circuitos que o fazem viver. A superfície do corpo deixou de ser a barreira que esconde uma interioridade de sangue e desejos, passando a existir como um painel de entradas e saídas — plug-in, plug-out, plug-in, plug-out... parece a intimação de um rap.
E há um pânico visceral (ou apenas metálico) que perpassa por tudo isto. Acontece que o corpo, de tão integrado por tantos circuitos, já não conhece as intermitências do prazer. Tudo se passa como se apenas houvesse êxtase(s), clímax atrás de clímax. Seria preciso ser um santo para viver tão divino excesso. Mas como não há santos no ciberespaço, restam os olhos tristes — aleluia!, a tristeza ainda é humana.