
O resultado é uma delicada fábula de amor e morte (noblesse oblige) que se deixa ler também como uma desencantada crónica sobre a solidão de personagens com inevitáveis conotações sociológicas com o nosso presente. Dir-se-ia que as crianças/adolescentes das novas histórias de vampiros são exilados de um mundo em que as mais diversas instituições — a começar pela escola e pela família — têm a sua autoridade simbólica dramaticamente enfraquecida. Insolita-mente, isto quer dizer também que por um filme como Deixa-me Entrar perpassa um dramático realismo social.