Quando evocamos os nomes grandes da Nova Vaga francesa, quase sempre nos esquecemos de citar Jacques Demy (1931-1990). Para-lelamente, e sintomaticamente, os mercados do DVD nem sempre lhe têm dado a devida atenção (mesmo se é verdade que a sua obra integral já está disponível em França).
Daí este destaque para Peau D'Âne/A Princesa Pele de Burro (1970), um dos filmes mais cristalinos de Demy, radical na sua be-leza naïf, e também um dos momentos de maior esplendor e depuração na filmografia de Catherine Deneuve. Disponível em edição francesa a partir de um restauro feito em 2003, com supervisão de Agnès Varda (mu-lher e herdeira de Demy) — há também uma edição espanhola —, Peau D'Âne adapta o conto clássico de Charles Perrault num registo visual e narrativo que toma o maravilhoso à letra, sem necessidade de o "justificar" ou racionalizar. Além do mais, é um esclarecedor exemplo da cumplicidade de Demy com a música (e as canções), com assinatura de Michel Legrand, o seu mais importante colaborador nesse domínio.
Daí este destaque para Peau D'Âne/A Princesa Pele de Burro (1970), um dos filmes mais cristalinos de Demy, radical na sua be-leza naïf, e também um dos momentos de maior esplendor e depuração na filmografia de Catherine Deneuve. Disponível em edição francesa a partir de um restauro feito em 2003, com supervisão de Agnès Varda (mu-lher e herdeira de Demy) — há também uma edição espanhola —, Peau D'Âne adapta o conto clássico de Charles Perrault num registo visual e narrativo que toma o maravilhoso à letra, sem necessidade de o "justificar" ou racionalizar. Além do mais, é um esclarecedor exemplo da cumplicidade de Demy com a música (e as canções), com assinatura de Michel Legrand, o seu mais importante colaborador nesse domínio.