
Estas são palavras de Daniel Cohn-Bendit numa entrevista ao jornal Le Monde. Figura emblemática dos dias de Maio 68, Cohn-Bendit fala na qualidade de candidato a deputado europeu, como cabeça de lista dos Verdes ('Europe Écologie'), no departamento da Île-de-France. Em todo o caso, o interesse da sua entrevista transcende, e muito, a mera conjuntura eleitoral, até porque, como ele recorda, as clivagens tradicionais são escassas para dar conta do que está em jogo: a política europeia "não se reduz à oposição direita-esquerda e só se pode impor através do seu conteúdo, uma vez que as maiorias são móveis."
Vale a pena, sobretudo, reflectir sobre as questões que Cohn-Bendit coloca em relação à dificuldade de definição de uma política europeia consistente e, muito em particular, à urgência de considerar os valores de defesa do ambiente na gestão da economia (seja ela nacional, europeia ou planetária) — a entrevista foi publicada na edição do dia 18 de Abril e está disponível no site do Le Monde.
>>> 'Para acabar com Maio 68': conferência de Daniel Cohn-Bendit, no dia 15 de Março de 2008, na Universidade de Montréal.