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Assim, além de se expor em pose que está longe de ser típica de topmodel (há mesmo nela a atitude de alguém que aceita partilhar uma pequena região da sua paisagem privada), Kate Moss emerge também como um figura carnal e vulnerável, em tudo e por tudo distante das regras correntes do glamour da moda. Stern fotografa numa proximidade — física e simbólica — que nos faz reencontrar a nitidez enigmática da pele.
Era essa mesma proximidade que se sentia na sessão com Marilyn [aqui em baixo, uma das respectivas fotos]. Aliás, para avaliarmos a singularidade do olhar de Stern, podemos contrapor as imagens de promoção de Kate Moss, precisamente no site da Topshop, apenas funcionais de acordo com matrizes previsíveis, também elas correntes no mundo da moda.
Enfim, este é um episódio revelador dos ziguezagues — e respectivas cumplicidades — de que é feita a história das imagens. Vale a pena, por isso, registar as contas do calendário: no momento da last sitting, Marilyn tinha 36 anos, enquanto Kate Moss fez 35 no passado dia 16 de Janeiro; Bert Stern completará 80 anos a 3 de Outubro, o que quer dizer que tinha 32 quando fotografou Marilyn.
Enfim, este é um episódio revelador dos ziguezagues — e respectivas cumplicidades — de que é feita a história das imagens. Vale a pena, por isso, registar as contas do calendário: no momento da last sitting, Marilyn tinha 36 anos, enquanto Kate Moss fez 35 no passado dia 16 de Janeiro; Bert Stern completará 80 anos a 3 de Outubro, o que quer dizer que tinha 32 quando fotografou Marilyn.
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