Nascida a 4 de Outubro de 1942, em Reykjavík, Jóhanna Sigurðardóttir é desde ontem, 1 de Fevereiro de 2009, primeira-ministra da Islândia — é também a primeira pessoa assumidamente homossexual a assumir a chefia de um governo ocidental.
Escusado será sublinhar que, num contexto internacional fortemente marcado pela chegada ao poder do afro-americano Barack Obama (e também, para além da cena política, pelo lançamento do filme Milk, de Gus Van Sant, sobre Harvey Milk, primeiro homossexual assumido a ser eleito para um cargo público nos EUA), a nomeação de Jóhanna Sigurðardóttir para um cargo político desta envergadura é uma notícia de incontornável importância simbólica — está em jogo, afinal, o desmantelar de muitas barreiras, ditas ou não ditas, que bloqueiam o simples princípio de igualdade de oportunidades inerente ao jogo democrático.
Ao mesmo tempo, é salutar registar que o feito simbólico de Jóhanna Sigurðardóttir é também uma não-notícia. Desde logo porque a sua carreira política, nomeadamente como ministra dos Assuntos Sociais, se consolidou, não através de uma qualquer militância "sexual", mas sim do reconhecimento específico do seu trabalho político. Além do mais, no capítulo das relações entre pessoas do mesmo sexo, a legislação islandesa é das mais avançadas do mundo, reconhecendo o direito ao casamento e à adopção (Sigurðardóttir tem, há seis anos, uma ligação matrimonial com Jónína Leósdóttir, jornalista e dramaturga).
Escusado será sublinhar que, num contexto internacional fortemente marcado pela chegada ao poder do afro-americano Barack Obama (e também, para além da cena política, pelo lançamento do filme Milk, de Gus Van Sant, sobre Harvey Milk, primeiro homossexual assumido a ser eleito para um cargo público nos EUA), a nomeação de Jóhanna Sigurðardóttir para um cargo político desta envergadura é uma notícia de incontornável importância simbólica — está em jogo, afinal, o desmantelar de muitas barreiras, ditas ou não ditas, que bloqueiam o simples princípio de igualdade de oportunidades inerente ao jogo democrático.
Ao mesmo tempo, é salutar registar que o feito simbólico de Jóhanna Sigurðardóttir é também uma não-notícia. Desde logo porque a sua carreira política, nomeadamente como ministra dos Assuntos Sociais, se consolidou, não através de uma qualquer militância "sexual", mas sim do reconhecimento específico do seu trabalho político. Além do mais, no capítulo das relações entre pessoas do mesmo sexo, a legislação islandesa é das mais avançadas do mundo, reconhecendo o direito ao casamento e à adopção (Sigurðardóttir tem, há seis anos, uma ligação matrimonial com Jónína Leósdóttir, jornalista e dramaturga).
De um artigo publicado pela revista Time, vale a pena citar estas palavras de Frosti Jónsson, presidente da Associação Gay e Lésbica da Islândia: "Ser gay não é um tema em debate na Islândia. Há tantas pessoas de destaque, quer no sector público quer no privado, que são abertamente gay que isso não afecta quem escolhemos para os nossos cargos mais importantes. Temos as cabeças focadas naquilo que importa, que é a actual situação do país" — e o que importa tem a ver, por exemplo, com a previsão de uma taxa de desemprego de 10% para 2009 e aumentos dos preços da alimentação que, em alguns produtos, atingem os 73%.
>>> A nomeação de Jóhanna Sigurðardóttir: BBC + Le Monde.
>>> Blog pessoal de Jóhanna Sigurðardóttir [em islandês].
>>> Blog pessoal de Jóhanna Sigurðardóttir [em islandês].