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Morris, convém lembrar, é o documentarista que assinou títulos tão extraordinários como The Fog of War, sobre Robert McNamara, distinguido com o Oscar de melhor documentário de 2003. Como ele diz, as fotografias são "um registo parcial do que fomos e de como nos imaginámos"; mais ainda: "recordam-nos que temos um passado e que somos a soma das nossas experiências passadas". Morris convocou três directores editoriais de outras tantas agências fotográficas — Vincent Amalvy (France-Presse), Santiago Lyon (Associated Press) e Jim Bourg (Reuters) —, pedindo-lhes que seleccionassem as imagens que, segundo eles, melhor capturassem "o carácter do homem e da sua administração". O resultado é um fascinante exercício de leitura factual e simbólica, afectiva e ideológica, individual e colectiva — uma verdadeira revisitação iconográfica dos tempos de Bush na Casa Branca.