.jpg)
Acontece que a nomeação para Boyle é, no mínimo, incompleta, uma vez que Loveleen Tandan, directora de casting para as cenas na Índia, acabou por ser integrada na ficha do filme como co-realizadora — coisa que, em boa verdade, o próprio Boyle tem sido o primeiro a sublinhar publicamente (e que a publicidade nem sempre reflecte). Ora, em função de uma das regras da Academia de Hollywood, só uma pessoa pode ser nomeada na categoria de realização.
Tentando contrariar esta lógica, a crítica Jan Lisa Huttner tem chamado a atenção no seu blog The Hot Pink Pen — empenhado na defesa dos direitos de mulheres realizadoras e argumentistas — para o anacronismo da regra, considerando mesmo que se está a perder a oportunidade histórica de nomear a primeira mulher de cor para melhor realização (aliás, apenas três mulheres conseguiram essa honra: Lina Wertmuller, Jane Campion e Sofia Coppola, respectivamente em 1977, 1994 e 2004).
Lisa Huttner defende um grande movimento de opinião e convoca mesmo os que com ela concordarem a enviarem mails para a Academia, perguntando por que razão Loveleen Tandan não está nomeada — está tudo no seu blog.