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Enfim, por aí não viria grande mal ao mundo. Acontece que a promoção do filme é um caso extremo de exploração de uma figura do imaginário britânico cujo poder simbólico será inútil sublinhar: a Princesa Diana (1961-1997). Assim, é certo que Diana pertence à vasta descendência de Georgiana, mas a sua integração na publicidade do filme tem qualquer coisa de obsceno: o trailer de A Duquesa não só utiliza imagens de Diana, como estabelece um paralelo grotesco, referindo-se a duas mulheres "unidas pelo destino" — vale a pena conhecer o trailer, quanto mais não seja para perceber como o marketing pode menosprezar todas as singularidades históricas, apenas para criar uma imagem "apelativa" dos produtos que trabalha.