>>> Não vivemos — existimos no pe-queno mundo de obcecações que nos cegam. Que nos aconteceu? Quem nos roubou a humanidade que per-mite a clarividência e a energia necessárias para suportar a adversi-dade, a mentira, a infâmia? <<<
São palavras do meu amigo Baptista-Bastos, incluídas na sua crónica de hoje no Diário de Notícias. Intitula-se 'Viver em Portugal'. Na sua paciente elegância de escrita, é um texto capaz de nos tocar muito para além das concordâncias ou discordâncias que a sua visão do mundo possa suscitar. É, acima de tudo, um texto que nos remete para o nosso presente — este inexorável aqui e agora —, perguntado-se (e perguntando-nos) o que é isso de estabelecer uma relação humana. Por todas as razões, incluindo a banalidade de guerrilha que contamina tantos "debates" na blogosfera, vale a pena ler.