Subitamente, o argumentista de Taxi Driver e realizador de American Gigolo vai buscar trabalho na... Índia! — este texto foi publicado no Diário de Notícias (6 de Dezembro), com o título 'A caminho da Índia'.
Há dias, foi anunciada a rodagem de mais um filme de acção da grande fábrica do cinema indiano, vulgo “Bollywood”. Chamar-se-á Extreme City e centra-se na personagem de um americano que, ao investigar um rapto na Índia, se vê envolvido numa rede de gangsters. Material de rotina? Talvez... O certo é que o nome previsto para a realização de Extreme City é tudo menos banal: Paul Schrader, autor do filme de culto American Gigolo (1980) e argumentista de Taxi Driver (1976). Não é um mero movimento de curiosidade. Nas páginas de The Hollywood Reporter, Schrader declarou mesmo que o mercado americano lhe parece “bloqueado” e que, portanto, é seu objectivo encontrar alternativas noutras paragens. Isto, convém lembrar, quando já é seguro que a Reliance Big Entertainment, sediada na Índia, investiu muitos milhões na DreamWorks, o estúdio de Steven Spielberg. Dir-se-ia que a grande indústria americana se está a reconverter ou, como agora se diz, a “deslocalizar”. É um sinal inequívoco de que algo vai mal no reino dos blockbusters. Ou melhor, na sua gestão.
Há dias, foi anunciada a rodagem de mais um filme de acção da grande fábrica do cinema indiano, vulgo “Bollywood”. Chamar-se-á Extreme City e centra-se na personagem de um americano que, ao investigar um rapto na Índia, se vê envolvido numa rede de gangsters. Material de rotina? Talvez... O certo é que o nome previsto para a realização de Extreme City é tudo menos banal: Paul Schrader, autor do filme de culto American Gigolo (1980) e argumentista de Taxi Driver (1976). Não é um mero movimento de curiosidade. Nas páginas de The Hollywood Reporter, Schrader declarou mesmo que o mercado americano lhe parece “bloqueado” e que, portanto, é seu objectivo encontrar alternativas noutras paragens. Isto, convém lembrar, quando já é seguro que a Reliance Big Entertainment, sediada na Índia, investiu muitos milhões na DreamWorks, o estúdio de Steven Spielberg. Dir-se-ia que a grande indústria americana se está a reconverter ou, como agora se diz, a “deslocalizar”. É um sinal inequívoco de que algo vai mal no reino dos blockbusters. Ou melhor, na sua gestão.