Os 40 anos de Beggars Banquet — ver post anterior — são também os 40 anos de One Plus One, o filme que Jean-Luc Godard rodou durante as gravações do álbum, com particular incidência em Sympathy for the Devil. Esta imagem de Godard a cumprimentar Bill Wyman, com Mick Jagger em primeiro plano, pertence mesmo ao património lendário das relações entre cinema e música rock, na certeza de que One Plus One, combinando os registos de estúdio com cenas fortemente teatralizadas (sobre as angústias de uma personagem feminina denominada "Eva Democracia"), ilustra a espantosa lógica experimental de um cineasta então a atravessar uma fase de renovada interrogação formal e produtiva.
Para Godard, este era o momento das opções militantes, já sensíveis no mesmo ano, em França, com Le Gai Savoir. One Plus One leva-o a Londres, aos Olympic Studios, para fazer uma espécie de anti-documentário que nasce da simples vontade de contemplar/escutar os ziguezagues, as imperfeições e as descobertas do trabalho de estúdio. A história pública do filme está marcada pela existência de uma versão dos produtores, intitulada Sympathy for the Devil (com alguns breves extractos suplementares e algumas diferenças nos separadores), rejeitada por Godard desde a primeira hora — existe uma excelente edição portuguesa em DVD, contendo as duas versões. Eis o trailer da época.
Para Godard, este era o momento das opções militantes, já sensíveis no mesmo ano, em França, com Le Gai Savoir. One Plus One leva-o a Londres, aos Olympic Studios, para fazer uma espécie de anti-documentário que nasce da simples vontade de contemplar/escutar os ziguezagues, as imperfeições e as descobertas do trabalho de estúdio. A história pública do filme está marcada pela existência de uma versão dos produtores, intitulada Sympathy for the Devil (com alguns breves extractos suplementares e algumas diferenças nos separadores), rejeitada por Godard desde a primeira hora — existe uma excelente edição portuguesa em DVD, contendo as duas versões. Eis o trailer da época.