© Miguel A. LopesDouro, Fainal Fluvial (1931), Hulha Branca (1932) e Portugal Já Faz Automóveis (1938) — são estas as curtas-metragens com que abre, hoje à noite (21h30), na Cinemateca, a primeira sessão do ciclo comemorativo do centenário de Manoel de Oliveira (a sessão inclui anda a longa-metragem Aniki-Bóbó, de 1942). Quer isto dizer que o ciclo "Todo Manoel de Oliveira: Cem anos em dois meses" começa com a afirmação de uma forte componente documental, sem dúvida emblemática dessa vontade de olhar o mundo à sua volta que sempre definiu o trabalho do autor. É o começo de um percurso exemplar, afinal um caminho para reavaliarmos as atribulações portuguesas do olhar e a própria história do cinema.