

Entre os títulos mais importantes da sua primeira fase incluem-se L'Amore in Città (1953), filme de episódios (com Michelangelo Antonioni, Federico Fellini e Cesare Zavattini, entre outros), Pão, Amor e... (1955), Pobres Milionários (1959) e essa obra-prima do melodrama que é Uma Vida Difícil (1961), com Alberto Sordi. Além de Sordi, actores como Vittorio Gassman e Sophia Loren tiveram, graças a Risi, alguns dos momentos mais brilhantes das respectivas carreiras, já que ele foi também um excelente director de actores. Entre os seus filmes mais populares incluem-se mais duas comédias por episódios, ambas totalmente realizadas pelo próprio Risi: Os Monstros (1963), com Ugo Tognazzi e Vitorio Gassman, e Sexo Louco (1973), com Laura Antonelli e Giancarlo Giannini. Na altura da moda do chamado "cinema político", tentou também o género com o excelente Em Nome do Povo Italiano (1971). Em 2004, publicou uma autobiografia a que chamou "Os Meus Monstros".
> NOTA 1: Vale a pena referir que, oito horas depois da notícia da morte de Dino Risi ter sido divulgada pela BBC, o IMDb (site cuja utilidade informativa não está em causa) continuava a ignorar o assunto. Infelizmente, é um pormenor que reflecte uma clara dicotomia de prioridades face ao cinema que fala ou não fala inglês e que, em última instância, penaliza os seus 57 milhões de visitantes mensais.
> NOTA 2: Outro dado curioso do know how da Internet: o site Senses of Cinema (aliás, cheio de coisas interessantíssimas) propõe uma lista de "great directors" que inclui, por exemplo, Lucio Fulci, Peter Jackson e Gaspar Noé — Dino Risi está ausente.