
Em 1974, através do filme
Emmanuelle — e, em particular, do seu cartaz que se transformaria em ícone de uma época —, Sylvia Kristel conferiu uma espécie de identidade erótica às cadeiras de verga. Mais de 30 anos depois, é uma ironia que Madonna apareça na capa da
Elle francesa (datada de 21 de Abril) numa cadeira da mesma família, adoptando uma pose "revisionista" da de Kristel. Em boa verdade, dir-se-ia que o imaginário sexual de que Emmanuelle foi símbolo se "naturalizou" — Madonna, com alguma saborosa maldade, não resiste a ironizar as frágeis ambivalências dos nossos usos e costumes.