Só por distracção pueril ou estupidez militante se poderá pensar que o actual processo de candidaturas ao cargo de Presidente dos EUA é um assunto distante e "interno". Além do mais, a questão rácica emergiu na linha da frente das primárias, com Barack Obama a (re)lançá-la para o espaço social/mediático. É isso mesmo que hoje se reflecte na capa da edição do Libération, através da formulação de uma pergunta brutal: 'A América pode eleger um presidente negro?' A uilização do verbo "poder" envolve um duplo e paradoxal drama: será que pode porque há condições para isso ou será que pode porque... quer? A propósito das opções das primeiras páginas do Libération, vale a pena ver um video de Marie Guichoux, chefe de redação do jornal, comentando as manchetes da última semana.