Nos momentos de festa após a final da primeira da Taça da Liga do futebol português, Carlos Carvalhal, o treinador vencedor, foi um modelo de sobriedade, resistindo mesmo, tanto quanto lhe possível, ao aparato "histérico" gerado pelo estilo dos jornalistas televisivos. Aliás, importa sublinhar que Paulo Bento, treinador da equipa derrotada, soube corresponder no mesmo tom de contenção. Entretanto, vendo a manchete de hoje do jornal Record, tudo parece resumir-se a um combate fulanizado, condensado no lamentável belicismo do verbo "abater". Mais ainda: o treinador que perdeu é citado no título, mas não tem direito a imagem. Decididamente, por vezes, no desporto, perder parece ser uma vergonha. Que tristeza.