domingo, fevereiro 03, 2008

Astérix, ma non troppo

Saudades de Christian Clavier... A sua composição de Astérix era um primor de humor e musicalidade; agora, Clovis Cornillac limita-se a "cumprir" de forma académica, sendo sempre secundarizado pelo modo natural, dir-se-ia quase mimético, como Gérard Depardieu encarna Obélix. Em todo o caso, os problemas maiores de Astérix nos Jogos Olímpicos provêm da pompa escusada do seu final "saturado" de efeitos especiais. Ficam alguns gags da primeira parte e, em particular, as deliciosas composições de Alain Delon e Benoît Poelvoorde, respectivamente como Júlio César e Brutus. Seja como for, não é desta que o cinema francês consegue gerar um grande objecto de entertainment global, apesar de — com os seus 78 milhões de euros de orçamento — este ser um dos mais caros filmes da história do cinema europeu.