Segunda jogada: transfigurar a abertura do olhar — não apenas reinventar o fluxo das imagens, mas relativizar também o olhar humano, a sua respiração e as suas escalas. Ou ainda: o que é estar perto (ou longe) de quem filmamos?
Ao acompanharem Zidenide Zidane com 17 câmaras, Douglas Gordon e Philippe Parreno não estão tanto à procura de uma "reportagem", como de uma reconversão de qualquer olhar, incluindo o olhar eventual de um repórter. Daí que Zidane - Um Retrato do Século XXI seja menos um filme sobre um jogador de futebol e mais um insólito bailado com um ser que se revela como uma espécie de mágica fusão entre o concreto dos gestos e a abstração dos traços que esses mesmos gestos desenham nas aparências do mundo. Aproximamo-nos dele (a tecnologia fez evoluir o próprio sentimento de proximidade) e a paisagem que descobrimos deixou de ser "de pormenor" — de facto, possui uma dimensão cósmica.
Ao acompanharem Zidenide Zidane com 17 câmaras, Douglas Gordon e Philippe Parreno não estão tanto à procura de uma "reportagem", como de uma reconversão de qualquer olhar, incluindo o olhar eventual de um repórter. Daí que Zidane - Um Retrato do Século XXI seja menos um filme sobre um jogador de futebol e mais um insólito bailado com um ser que se revela como uma espécie de mágica fusão entre o concreto dos gestos e a abstração dos traços que esses mesmos gestos desenham nas aparências do mundo. Aproximamo-nos dele (a tecnologia fez evoluir o próprio sentimento de proximidade) e a paisagem que descobrimos deixou de ser "de pormenor" — de facto, possui uma dimensão cósmica.