Os dias estão difíceis para os pequenos filmes, sobretudo os que, na sua pequenez (de produção ou promoção), encerram alguma forma de grandeza — formal, humana, estética e ética.
Veja-se o que aconteceu com o magnífico Taxidermia, de György Pálfi: anunciado para estreia, na passada semana, foi retirado à última hora (a estreia, finalmente, é hoje). Vamos ver o que vai acontecer com No Mundo das Mulheres, com Adam Brody, Meg Ryan e Kristen Stewart [foto], belíssima estreia na realização de Jonathan Kasdan, mostrando que o grande melodrama está bem vivo, ágil, inteligente e atento às transformações dos usos e costumes (é outra estreia de hoje). Se a isto juntarmos o novo Manoel de Oliveira — Belle Toujours —, então o mínimo que se pode dizer é que esta é, em termos cinematográficos, uma quinta-feira de eleição.
Porquê, então, se ouve tanta gente a dizer: "não está a estrear nada de interessante, pois não?" Será que perante o barulho promocional de produtos como o medíocre e entediante Transformers, a maioria dos espectadores já não tem, ao menos, esse louvável sentimento que dá pelo nome de curiosidade? Será que nos submetemos, passivamente, ao massacre publicitário?
Porquê, então, se ouve tanta gente a dizer: "não está a estrear nada de interessante, pois não?" Será que perante o barulho promocional de produtos como o medíocre e entediante Transformers, a maioria dos espectadores já não tem, ao menos, esse louvável sentimento que dá pelo nome de curiosidade? Será que nos submetemos, passivamente, ao massacre publicitário?