
Na sua singeleza, A Glória dos Campeões, de Josh Gordon e Will Speck, acaba por ser a prova real de como é possível contornar as estafadas retóricas da "comédia-para-adolescentes", optando por um registo em que o burlesco se alia com uma inesperada dimensão simbólica. Assim, Will Ferrell e Jon Heder interpretam as personagens principais a partir de um inesperado paradoxo: da sua "inverosimilhança" nasce também uma teia de afectos que transforma o filme num retrato bizarro do sucesso e dos seus bastidores.