Encomendado pelo governo soviético, em 1925, para assinalar o 20º aniversário do motim naval de Odessa, O Couraçado Potemkin. de Sergei Eisenstein, é um daqueles títulos que há muito transcenderam qualquer enquadramento meramente ideológico. O seu génio criativo — da construção do espaço à fragmentação da montagem — conferiu-lhe um lugar central na história do cinema: a par de alguns títulos de Griffith ou Dreyer, trata-se de um dos filmes que afirmaram o cinema como linguagem específica, transcendendo (e integrando) muitas componentes enraízadas na literatura ou no teatro.
Que pode acontecer a um objecto tão heterodoxo? Pode, por exemplo, ser revisitado e, de algum modo, reinventado por quem não tenha complexos de lidar com a sua espantosa e contagiante energia formal. Aconteceu, agora, com os Pet Shop Boys que, aceitando uma sugestão de Philip Dodd, director do Instituto de Arte Contemporânea de Londres, compuseram uma banda sonora para a obra-prima de Eisenstein. Resultado? Um espantoso acontecimento musical — de seu nome Battleship Potemkin, com assinatura Tennant/Lowe — em que tudo se conjuga de forma exuberante: as sonoridades electrónicas, as arquitecturas sinfónicas e, last but not least, o gosto dos Pet Shop Boys pelas canções no seu sentido mais nobre e, por assim dizer, mais primitivo. Para ouvir e voltar a ouvir, mesmo sem ver (embora se aguarde, com expectativa, uma possível edição em DVD do filme com esta banda sonora).
* Pet Shop Boys (site oficial)
* Potemkin/Tennant/Lowe
* MAIL
Que pode acontecer a um objecto tão heterodoxo? Pode, por exemplo, ser revisitado e, de algum modo, reinventado por quem não tenha complexos de lidar com a sua espantosa e contagiante energia formal. Aconteceu, agora, com os Pet Shop Boys que, aceitando uma sugestão de Philip Dodd, director do Instituto de Arte Contemporânea de Londres, compuseram uma banda sonora para a obra-prima de Eisenstein. Resultado? Um espantoso acontecimento musical — de seu nome Battleship Potemkin, com assinatura Tennant/Lowe — em que tudo se conjuga de forma exuberante: as sonoridades electrónicas, as arquitecturas sinfónicas e, last but not least, o gosto dos Pet Shop Boys pelas canções no seu sentido mais nobre e, por assim dizer, mais primitivo. Para ouvir e voltar a ouvir, mesmo sem ver (embora se aguarde, com expectativa, uma possível edição em DVD do filme com esta banda sonora).
* Pet Shop Boys (site oficial)
* Potemkin/Tennant/Lowe