Para uma estrela pop pós-Madonna, a "introspeção" criativa passou a ser uma espécie de obrigação moral que, em boa verdade, se resume muitas vezes a um banal caderno de encargos mediático. Em vez de se desviar dessa maldição conceptual, Taylor Swift decide olhá-la de frente para a virar do avesso. Daí que a sugestão de auto-retrato desta vida de uma "showgirl" tenha tanto de confessional como de irónico, além do mais denunciando a moda da "apatia" imposta pela Net (escute-se Eldest Daughter). A recordação de Elizabeth Taylor (na canção homónima) possui, por isso, a energia de um verdadeiro "statement" artístico e, porque não dizê-lo, cinéfilo.
[ Patti Smith ]
