De origem húngara, triunfou como produtor no seio da indústria dos EUA: Andrew G. Vajna faleceu no dia 20 de Janeiro, em sua casa, em Budapeste, na sequência de doença prolongada — contava 74 anos.
De seu nome András György Vajna, foi um dos húngaros que, face às convulsões políticas do seu país em meados da década de 50, abandonou o país (com apenas 12 anos) — a Cruz Vermelha garantiu-lhe apoio no Canadá, mais tarde reencontrando os pais, que tinham fugido separadamente, em Los Angeles. Estudou na Universidade da California. O momento decisivo para o seu envolvimento com o cinema ocorreu em 1975, em pleno Festival de Cannes, quando se associou ao libanês Mario Kassar para fundar a Carolco, empresa de produção e distribuição internacional.
A lista de sucessos de Vanja (com a Carolco e, mais tarde, a Cinergi) é, por certo, mais conhecida dos espectadores de todo o mundo do que o seu nome. Tudo começou com First Blood (1982), primeiro título da série 'Rambo', com Sylvester Stallone (entre nós A Fúria do Herói), seguindo-se, entre outros, Total Recall/Desafio Total (1990), com Arnold Schwarzenegger, Nixon (1995), a biografia realizada por Oliver Stone, e Evita (1996), o musical de Alan Parker com Madonna.
De retorno à Hungria em 2011, desempenhou um papel central na reconversão do sistema de financiamento da produção cinematográfica nacional, a par da sua promoção internacional — o maior sucesso desse período foi o Oscar de melhor filme estrangeiro conquistado por O Filho de Saul (2015), de László Nemes.
>>> Lições aprendidas com o financiamento dos filmes: Andrew Vajna responde à série 'Cannes Eco' (edição de 2012).
>>> Obituário em The Hollywood Reporter.