Pequeno aviso pedagógico ao leitor desta nota: se não conhece Sophie Xeon — nome artístico Sophie, aliás SOPHIE —, não acredite muito nas tentativas de descrever o seu universo (incluindo esta). Escocesa, nascida em 1986 em Glasgow, podemos caracterizá-la como uma mulher de sínteses.
Por causa dos sintetizadores? Sim, por certo, mas sobretudo porque a sua música, enraizada numa experiência que vai da produção às funções de disc jockey, passando pela composição e pelo canto, se oferece como uma síntese paradoxal: nela detectamos os sinais de uma pop primitiva, sempre apelando à dança, ao mesmo tempo que cada uma das suas canções parece visar uma interioridade selvagem que não se acomoda a nenhuma matriz. Pensamos, por exemplo, nos efeitos de corte e sutura dos primeiros tempos dos Matmos, desde logo nessa obra-prima inclassificável que é A Chance to Cut Is a Chance to Cure (2001)... Mas tudo se passa como se SOPHIE tivesse descoberto (ou inventado) uma galáxia musical que só ela habita.
Por causa dos sintetizadores? Sim, por certo, mas sobretudo porque a sua música, enraizada numa experiência que vai da produção às funções de disc jockey, passando pela composição e pelo canto, se oferece como uma síntese paradoxal: nela detectamos os sinais de uma pop primitiva, sempre apelando à dança, ao mesmo tempo que cada uma das suas canções parece visar uma interioridade selvagem que não se acomoda a nenhuma matriz. Pensamos, por exemplo, nos efeitos de corte e sutura dos primeiros tempos dos Matmos, desde logo nessa obra-prima inclassificável que é A Chance to Cut Is a Chance to Cure (2001)... Mas tudo se passa como se SOPHIE tivesse descoberto (ou inventado) uma galáxia musical que só ela habita.
Enfim, simplificando: é mesmo preciso escutar o prodigioso Oil of Every Pearl's Un-Insides, álbum de estreia, experimental e festivo, que mais parece o resultado de uma veterania sem complexos, apostada em discutir as suas (e nossas) certezas.
Como se tudo isso não bastasse, SOPHIE tem ideias e conceitos para sustentar uma admirável paisagem visual. A prova, em dois telediscos: It's Okay To Cry e Faceshopping.
>>> Site oficial de SOPHIE.