Personalidade multifacetada nas artes e no jornalismo, sempre com forte ligação ao cinema, António Loja Neves faleceu no dia 27 de Maio, em Lisboa, na sequência de um enfarte — contava 65 anos.
Nascido na Madeira, licenciado em realização pela Escola Superior de Teatro e Cinema, foi jornalista do semanário Expresso durante mais de três décadas [memória de Manuela Goucha Soares]. Co-fundador da Federação Portuguesa de Cineclubes, manteve sempre grande actividade na difusão cinematográfica, tendo estado também ligado a muitas iniciativas de programação nesse domínio, incluindo os Encontros Internacionais de Cinema Documental da Malaposta, comissariando festivais e mostras de filmes lusófonos em diversos países. Realizou os documentários Ínsula (1993) e O Silêncio (1999), este em parceria com José Alves Pereira. O livro Barcos, Íntimas Marcas valeu-lhe, em 2001, o Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. Muito recentemente, tinha publicado Arménia - Povo e Identidade (ed. Tinta da China), em co-autoria com Margarida Neves Pereira. Foi um dos fundadores do SOS Racismo — este é um extracto de um documentário que assinalou os 20 anos dessa organização.
>>> Obituário no Diário de Notícias.