O cantor de Hallelujah deixou-nos três semanas depois de ter editado o seu 14º álbum de estúdio: You Want It Darker. Cidadão canadiano, filósofo universal, símbolo de uma contemplação que se assume como acção sobre o mundo, Leonard Cohen faleceu no dia 7 de Novembro, na sua casa de Los Angeles — contava 82 anos.
Desde os tempos heróicos do seu primeiro álbum, Songs of Leonard Cohen (1967), poucos como ele puderam simbolizar uma ideia e uma prática da música popular aberta a todas as contaminações temáticas e estéticas, muito para além de qualquer autonomia criativa, mesmo se a solidão e a demanda de amor foram temas transversais de todo o seu trabalho. Ele é, afinal, não apenas um abnegado transmissor das emoções que as melodias podem conter, mas também um sacerdote da palavra escrita, da sensualidade do seu dizer.
Desde os tempos heróicos do seu primeiro álbum, Songs of Leonard Cohen (1967), poucos como ele puderam simbolizar uma ideia e uma prática da música popular aberta a todas as contaminações temáticas e estéticas, muito para além de qualquer autonomia criativa, mesmo se a solidão e a demanda de amor foram temas transversais de todo o seu trabalho. Ele é, afinal, não apenas um abnegado transmissor das emoções que as melodias podem conter, mas também um sacerdote da palavra escrita, da sensualidade do seu dizer.
>>> Dance Me to the End of Love, do álbum Various Positions (1984).
>>> Obituário na Rolling Stone.