Este é Liam Neeson no papel de Cristóvão Ferreira, padre jesuíta português que, no Japão do século XVII, foi objecto de dramáticas perseguições — a sua história, inspirada em factos reais, está contada numa admirável ficção literária, Silêncio, romance de Shusaku Endo publicado em 1966.
Abreviando uma longa história, lembremos que, desde o começo da década de 1990, Martin Scorsese ambicionava adaptar o livro de Endo — foi apenas em 2013 que o projecto foi oficializado no Festival de Cannes, quando Scorsese e a sua equipa de produção começaram a negociar acordos internacionais de distribuição.
Andrew Garfield, Adam Driver e Ciarán Hinds são, além de Neeson, outros nomes que integram o filme Silêncio que, de acordo com as notícias dos últimos meses, deveria estar pronto para um lançamento algures em 2017. O certo é que a Paramount, responsável pela distribuição nos EUA, tendo garantido a conclusão da montagem por parte do realizador, decidiu estreá-lo, em lançamento limitado, a 23 de Dezembro, para depois, em Janeiro, alargar o número de salas [notícia do Variety].
Na prática, isto significa que Scorsese vai estar na corrida para os Oscars referentes à produção de 2016 — a adaptação é de Jay Cocks, a música de Kim Allen Kluge e Kathryn Kluge, a fotografia de Rodrigo Prieto e a montagem de Thelma Schoonmaker, para uma duração de 195 minutos.