A mão que desmancha o penteado de Donald Trump pertence a Jimmy Fallon. Numa performance que entrou de imediato para a história do kitsch televisivo, Fallon recebeu o candidato presidencial americano em The Tonight Show, com ele mantendo um diálogo, no mínimo, desconcertante.
Por um lado, é óbvio que Trump está a tentar "humanizar" a sua imagem, tendo surgido no mesmo dia ao lado de Fallon e no show de Dr. Oz [artigo: Libération]; por outro lado, uma performance deste teor (video aqui em baixo) tem estado a gerar muitas reacções que questionam a banalização cómica (?) de Trump e, necessariamente, do seu discurso político [artigo: The Telegraph].
Por um lado, é óbvio que Trump está a tentar "humanizar" a sua imagem, tendo surgido no mesmo dia ao lado de Fallon e no show de Dr. Oz [artigo: Libération]; por outro lado, uma performance deste teor (video aqui em baixo) tem estado a gerar muitas reacções que questionam a banalização cómica (?) de Trump e, necessariamente, do seu discurso político [artigo: The Telegraph].
O que confunde e inquieta é o facto de, deste modo, o aparato televisivo reduzir a pó a gravidade dos problemas que estão em jogo quando, importa não esquecer, está em curso o processo que levará à eleição de uma pessoa que presidirá aos destinos da mais poderosa nação do mundo.
Em boa verdade, tristemente, o talentoso Fallon reduz-se, assim, a peça secundária de uma lógica que, afinal, o ultrapassa — ou, pior do que isso, desistiu de controlar.
Entretanto, para daqui a uns dias, Hillary Clinton sentar-se-á no mesmo lugar em que esteve Trump. Será que a televisão contemporânea é apenas um folhetim de eventos pitorescos?
Em boa verdade, tristemente, o talentoso Fallon reduz-se, assim, a peça secundária de uma lógica que, afinal, o ultrapassa — ou, pior do que isso, desistiu de controlar.
Entretanto, para daqui a uns dias, Hillary Clinton sentar-se-á no mesmo lugar em que esteve Trump. Será que a televisão contemporânea é apenas um folhetim de eventos pitorescos?