A par do lançamento de Se eu Fosse Ladrão... Roubava, derradeiro filme de Paulo Rocha (1935-2012), foram repostos dois títulos emblemáticos da sua filmografia, centrais na dinâmica de afirmação do Cinema Novo: Os Verdes Anos (1963) e Mudar de Vida (1966).
Agora disponíveis em DVD, neles podemos redescobrir as singularidades de um autor capaz de uma aproximação até certo ponto realista de contextos muito específicos — no primeiro título, as novas urbanizações de Lisboa no começo da década de 60; no segundo, os modos de vida de uma comunidade piscatória da zona de Ovar —, metodicamente transfigurada por uma pulsão romântica, não poucas vezes seduzida pela magia oculta na banalidade do quotidiano.
Agora disponíveis em DVD, neles podemos redescobrir as singularidades de um autor capaz de uma aproximação até certo ponto realista de contextos muito específicos — no primeiro título, as novas urbanizações de Lisboa no começo da década de 60; no segundo, os modos de vida de uma comunidade piscatória da zona de Ovar —, metodicamente transfigurada por uma pulsão romântica, não poucas vezes seduzida pela magia oculta na banalidade do quotidiano.
Além do mais, Os Verdes Anos e Mudar de Vida [videos] surgem em cópias de notável qualidade técnica, restauradas pela Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, com supervisão do cineasta Pedro Costa — são, afinal, edições cujo valor cinematográfico e cinéfilo se confunde com um princípio básico de defesa do nosso património cultural.