Actor cuja mitologia se confunde com as suas personagens mais ou menos ameaçadoras, o inglês Christopher Lee faleceu no dia 7 de Junho, em Londres, na sequência de problemas respiratórios e cardíacos — contava 93 anos.
Apesar da invulgar extensão da sua filmografia — mais de 270 títulos ao longo de cerca de sete décadas —, a sua imagem de marca foi, e por certo continuará a ser, a de Conde Drácula, personagem que assumiu em sete títulos produzidos pela Hammer Films, de Dracula/O Horror de Drácula (Terence Fisher, 1958) a Drácula Tem Sede de Sangue (Alan Gibson, 1973). Para as gerações mais jovens, será, sobretudo, o feiticeiro Saruman, de O Senhor dos Anéis, ou o Conde Dooku, de A Guerra das Estrelas.
Historicamente, Lee pertenceu à geração dos anos 40/50, formada na chamada 'Charm School', da Rank Organisation, procurando enfrentar o peso crescente das estrelas de Hollywood. Em boa verdade, mesmo apesar dos filmes de Drácula, nunca foi um actor principal — antes um intérprete de presença dominadora (tinha 1m95 de altura), capaz de compor personagens que, mesmo com um estatuto secundário, marcavam de forma decisiva os respectivos filmes. Assim aconteceu, desde a sua estreia na Hammer, assumindo a 'Criatura' de Viktor Frankenstein em A Máscara de Frankenstein (Terence Fisher, 1957), até A Invenção de Hugo (Martin Scorsese, 2011), interpretando o bibliotecário, Monsieur Labisse.
Apaixonado pela sua arte, mantendo a pose aristocrática (que vinha da sua ascendência italiana), Christopher Lee tornou-se, com o passar dos anos, um genuíno símbolo da própria arte cinematográfica, passando por títulos tão contrastados como Os Três Mosqueteiros - Os Diamantes da Rainha (Richard Lester, 1973), 007 - Homem da Pistola Dourada (Guy Hamilton, 1974), 1941 - Ano Louco em Hollywood (Steven Spielberg, 1979), A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (Tim Burton, 1999) ou Charlie e a Fábrica de Chocolate (Tim Burton, 2005). Foi condecorado pela Rainha Isabel II, em 2009, por “serviços prestados à arte dramática”; em 2011, recebeu um prémio BAFTA, pela carreira.
Apesar da invulgar extensão da sua filmografia — mais de 270 títulos ao longo de cerca de sete décadas —, a sua imagem de marca foi, e por certo continuará a ser, a de Conde Drácula, personagem que assumiu em sete títulos produzidos pela Hammer Films, de Dracula/O Horror de Drácula (Terence Fisher, 1958) a Drácula Tem Sede de Sangue (Alan Gibson, 1973). Para as gerações mais jovens, será, sobretudo, o feiticeiro Saruman, de O Senhor dos Anéis, ou o Conde Dooku, de A Guerra das Estrelas.
Historicamente, Lee pertenceu à geração dos anos 40/50, formada na chamada 'Charm School', da Rank Organisation, procurando enfrentar o peso crescente das estrelas de Hollywood. Em boa verdade, mesmo apesar dos filmes de Drácula, nunca foi um actor principal — antes um intérprete de presença dominadora (tinha 1m95 de altura), capaz de compor personagens que, mesmo com um estatuto secundário, marcavam de forma decisiva os respectivos filmes. Assim aconteceu, desde a sua estreia na Hammer, assumindo a 'Criatura' de Viktor Frankenstein em A Máscara de Frankenstein (Terence Fisher, 1957), até A Invenção de Hugo (Martin Scorsese, 2011), interpretando o bibliotecário, Monsieur Labisse.
Apaixonado pela sua arte, mantendo a pose aristocrática (que vinha da sua ascendência italiana), Christopher Lee tornou-se, com o passar dos anos, um genuíno símbolo da própria arte cinematográfica, passando por títulos tão contrastados como Os Três Mosqueteiros - Os Diamantes da Rainha (Richard Lester, 1973), 007 - Homem da Pistola Dourada (Guy Hamilton, 1974), 1941 - Ano Louco em Hollywood (Steven Spielberg, 1979), A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça (Tim Burton, 1999) ou Charlie e a Fábrica de Chocolate (Tim Burton, 2005). Foi condecorado pela Rainha Isabel II, em 2009, por “serviços prestados à arte dramática”; em 2011, recebeu um prémio BAFTA, pela carreira.
>>> Aqui ficam os trailers de O Horror de Drácula (1958), na cópia restaurada de 2007, e 007 - O Homem da Pistola Dourada (1974); em baixo, Christopher Lee recebe um prémio honorário BAFTA, em 2011, apresentado por Tim Burton.
>>> Obituário na BBC.