Tim Foljahn é uma daquelas personalidades musicais que, por definição, não fazem manchetes, mas que vão construindo uma carreira de invulgar consistência. Colaborador de Cat Power, Thurston Moore e também dos Half Japanese, vai pontuando as suas contribuições para a obra de outros com álbuns, tão discretos quanto brilhantes, em nome próprio. O mais recente tem um título cuja verve importa celebrar: Fucking Love Songs (três anos depois do também excelente Songs For an Age of Extinction). Já foi comparado a Leonardo Cohen, o que não será descabido, mesmo se o seu canto possui uma identidade muito própria. Neste romantismo virado do avesso, há uma serenidade introspectiva que não exclui, antes favorece, um elaborado delírio poético — veja-se o belíssimo teledisco de Beast, realizado por Stephanie Cousin.
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