XL Recordings / Popstock
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Quando tudo começou, há 25 anos, o nome e o logótipo da XL Recordings era uma espécie de “marca” de referencia de um lugar na emergente cultura rave onde se ensaiavam novos caminhos nas linhas mais duras da música de dança, com derivações do techno e ocasionais diálogos com outras heranças, como descendências do dub, a ecoar por perto. A jovem editora independente, que tinha então nomes como os (ainda muito undreground) Prodigy, Liquid ou SL2 como rostos de maior visibilidade – sobretudo em suporte de máxi-single e entre DJs e consumidores de dance music com pernas pouco dadas ao chill out, foi dando passos seguros nesse caminho, tendo o sucesso dos primeiros, conquistado entre Music For the Jilted Generation (1994) e The Fat of The Land (1997), ajudado a consolidar as suas operações. Foi contudo ao explorar outros caminhos que a XL Recordings deu “o salto”. E quando alargou o catálogo para além dessa alma fundadora perto da cultura rave, não só conquistou um outro patamar de projeção global como mostrou um acutilante sentido de busca de talentos. E basta referir nomes como, entre outros, os White Stripes, M.I.A., Devendra Banhart ou Vampire Weekend, para termos noção de como a “marca” soube escutar para lá do que o berço lhe ensinara. Com nomes como Adele, Radiohead ou The XX a marcar presença entre títulos do seu catálogo, a XL Recordings ganhou um lugar entre a história da editoras independentes mais bem sucedidas. Esta antologia celebra 25 anos de história, promovendo num primeiro ciclo de temas um retrato das memórias fundadoras em clima rave, caminhando depois para a visão de horizontes mais vastos em que hoje trabalha. Apesar da clareza ilustrativa do alinhamento, era mais interessante contar esta história num livro que numa edição em disco...