quarta-feira, agosto 13, 2014

Sinéad O'Connor por Sinéad O'Connor

O décimo álbum de estúdio de Sinéad O'Connor — I'm Not Bossy, I'm the Boss — irá ficar entre as grandes proezas do seu trajecto criativo? Sejamos realistas: dificilmente...
Seja como for, O'Connor não tem de pedir desculpa pela tenacidade com que, aos 47 anos, nos vem dizer que conhece bem a energia visceral que a faz mover — as faixas nºs 5 e 12, respectivamente The Vishnu Room e Streetcars, bastarão para nos recordar como a sua música pode envolver uma intensa carga introspectiva.
Por vezes, tal atitude pode também converter-se numa espécie de resgate pessoal em relação às imagens do passado. Assim acontece no arranque do teledisco, dirigido por James Lees, de Take Me to Church: O'Connor confronta-se, aliás, sobrepõe-se às suas próprias imagens em Nothing Compares 2 U, por certo o símbolo mais universal de toda a sua obra, single emblemático de I Do Not Want What I Haven't Got (1990), o seu segundo e magnífico trabalho de longa duração — o verdadeiro tema será, talvez, o tempo que liga as duas séries de imagens, até porque o refrão começa assim: "Oh, take me to church / I've done so many bad things it hurts (...)".


>>> Site oficial de Sinéad O'Connor.