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Que seria um portfolio de imagens de moda que cruzasse o apelo abstracto das composições de Edward Hopper com a sensualidade contida dos filmes de Douglas Sirk? Eis uma possível resposta: seria algo próximo do misto de transparência e assombramento que podemos encontrar nas fotografias de Yelena Yemchuk.
Nascida na Ucrânia em 1970, radicada em Nova Iorque desde a adolescência, artista de múltiplos interesses (fotografia, pintura, cinema), Yemchuk fotografa, neste caso, a modelo Hannelore Knuts como uma insólita sobrevivente de um apocalipse por consumar — são imagens belíssimas, de uma utopia que se adequou à sua própria solidão.
