De tantos ecrãs, de tanta redundância visual, deixámos que a física dos corpos se confundisse com a ambivalência material das imagens. Neste caso, é Xavier Dolan, ou melhor, a sua fotografia que parece existir com o mesmo grau de pertinência dos jornalistas no final de uma sessão matinal na sala Lumière — tudo é, ou pode ser, holograma. E se convocarmos as delícias macabras do photoshop, suprimindo o nome, compreendemos que, quand même, é a escrita que nos redime dos nosso pecados visuais.