Foi símbolo universal do "menino-prodígio" do cinema, persistindo na memória popular como uma das figuras mitológicas da idade de ouro de Hollywood: o actor americano Mickey Rooney faleceu no dia 6 de Abril, na sua casa de North Hollywood — contava 93 anos.
Como recorda o Variety no obituário de Rooney, ele gostava de dizer: “Trabalhei toda a minha vida, mas parece que demorou mais do que isso.” De facto, são poucos os que conseguem desenvolver uma carreira de mais de oito décadas, permanecendo como uma genuína figura honorária do museu imaginário do cinema — era mesmo um dos derradeiros actores em actividade que tinha começado a trabalhar ainda no período mudo.
Seja como for, a popularidade de Rooney é indissociável dos quinze filmes da MGM em que, entre 1937 e 1946, interpretou a personagem de Andy Hardy, em três deles contracenando com Judy Garland. Na fronteira da adolescência com a vida adulta, Hardy foi a encarnação dos valores da família tradicional, para mais atravessando a conturbada época do segundo conflito mundial — este é uma cena de Rooney e Garland em Andy Hardy Apaixona-se (1938), realizado por George B. Seitz.
Com participações em mais de trezentos títulos, da comédia ao drama, entre cinema e televisão, Rooney foi evoluindo de vedeta juvenil para um universal símbolo de veterania, de algum modo encarnando a herança perene do classicismo de Hollywood.
Foi distinguido com um Oscar juvenil em 1939 (“pelo espírito e personificação da juventude”) e um outro, honorário, em 1983 (“pelos seus 50 anos de versatilidade”); em competição, nunca recebeu qualquer estatueta dourada, tendo sido nomeado quatro vezes: duas para melhor actor — De Braço Dado (Busby Berkeley, 1939) e A Comédia Humana (Clarence Brown, 1943); duas para melhor actor secundário: Os Bravos Também Amam (Lewis R. Foster, 1956) e O Cavalo Preto (Carroll Ballard, 1979).
Uma das suas performances mais atípicas, e também mais fascinantes, aconteceu em Baby Face Nelson (1957), interpretando a lendária figura do crime, sob a direcção de Don Siegel — eis a cena de um assalto, contracenando com Carolyn Jones.
Foi distinguido com um Oscar juvenil em 1939 (“pelo espírito e personificação da juventude”) e um outro, honorário, em 1983 (“pelos seus 50 anos de versatilidade”); em competição, nunca recebeu qualquer estatueta dourada, tendo sido nomeado quatro vezes: duas para melhor actor — De Braço Dado (Busby Berkeley, 1939) e A Comédia Humana (Clarence Brown, 1943); duas para melhor actor secundário: Os Bravos Também Amam (Lewis R. Foster, 1956) e O Cavalo Preto (Carroll Ballard, 1979).
Uma das suas performances mais atípicas, e também mais fascinantes, aconteceu em Baby Face Nelson (1957), interpretando a lendária figura do crime, sob a direcção de Don Siegel — eis a cena de um assalto, contracenando com Carolyn Jones.
Entre os últimos títulos em que o vimos, incluem-se Babe – Um Porquinho na Cidade (George Miller, 1998) e Os Marretas (James Bobin, 2011). Publicou a sua autobiografia Life Is Too Short em 1991.
>>> Obituário no New York Times.
>>> Site oficial de Mickey Rooney.
>>> Entrevista no Archive of American Television.