segunda-feira, abril 21, 2014

Clássicos da Eurovisão:
France Gall (1965)


A primeira das três vezes que Serge Gainsbourg levou uma canção sua à Eurovisão valeu ao Luxemburgo a sua segunda vitória e ao festival o primeiro momento de visibilidade maior de uma emergente cultura pop/rock (onde até então o território baladeiro era predominante). Foi em 1965 que, com uma letra cheia de duplos sentidos, Gainsbourg surgiu como autor de Poupée de Cire Poupée de Son, canção com a qual France Gall defendeu as cores do Luxemburgo, que terminou assim à frente do Reino Unido e França, os três primeiros depois da votação. Entre os concorrentes desse ano surgiam nomes como os de Udo Jürgens (que venceria pela Áustria em 1966), Bobby Solo (Itália) e Simone de Oliveira (que, com Sol de Inverno, colhia o primeiro ponto na história do certame para Portugal, atribuído pelo Mónaco).

Serge Gainsbourg regressaria duas vezes mais como autor ao Eurofestival. Em 1969 com Boum Badaboum, canção que Minouche Barelli interpretou pelo Mónaco (e que terminaria em 5º lugar). Em 1989 surgiu finalmente pela França (a sua nacionalidade), com White & Black Blues, que Joelle Ursull levou ao 2º lugar. 


Poupée de Cire Poupée de Son é uma das canções da história do Eurofestival mais vezes reinventadas em versões. Os Arcade Fire apresentaram a sua leitura desta canção na digressão que acompanhou o lançamento de Neon Bible. Os Belle & Sebastian também a interpretaram ao vivo nas suas Black Sessions.

Podem recordar aqui France Gall na versão original da canção.